The music for lute has undergone a major evolution from the arrival of the "Oud" to the Iberian Peninsula in the eighth century until its virtual disuse in 1770, this evolution has been accompanied by numerous modifications of the instrument itself, until it reached the Late Baroque, in the form of theorboes, archlutes, Liuto Atteorbatos and Solo Baroque lutes.
For those who know a bit about the history of the lute and some of its composers, usually two names stand out: John Dowland, the supreme master of the late Renaissance, and Sylvius Leopold Weiss, perhaps the best composer of all time, a contemporary and friend of J.S. Bach, which focused exclusively on writing and performing pieces based on that instrument.
But if J.S. Bach’s two volumes of the “Well-Tempered Clavier” (1722 and 1744), explored the music of the next centuries, is there any parallel work to the lute? Undoubtedly, yes. It is the work of Francesco da Milano (1497-1543), the most famous lutenist of the Italian Renaissance and one of the most famous composers of sixteenth-century Europe.
One hundred and twenty four of his works have survived in the form of vocal music intabulations, ricercares and fantasies. In this important work, the exploration of the lute’s limits stands out, without limiting the use of the instrument to monophonically accompany popular songs of the time. A differentiation begins between lute music and dance music. With the legacy of Francesco da Milano, lute music becomes known as such and gains a new dimension with increasing depth and complexity, limited only by his creative genius.
Born in Monza, a suburb of Milan in the year 1497, at an early age Francesco da Milano traveled to Rome and served importat figures such as Popes Leo X, Clement VII and Paul III and the cardinals Ippolito de 'Medici and Alessandro Farnese. His fame grew and spread throughout Europe, but it was in Italy where he gained the nickname of "Il Divino" (the divine one), along with Michelangelo. He was buried in the church of Santa Maria della Scala in Milan (destroyed in the second half of the eighteenth century to make room for construction of the famous La Scala Opera House).
Recommended listening: Rolf Lislevand - Diminuito
(Português)
A música para alaúde sofreu uma grande evolução, desde a chegada do “Oud” à Península Ibérica no século VIII até ao seu virtual desuso em 1770, evolução essa que foi acompanhada de numerosas modificações do instrumento em si, até atingir o formato final do barroco tardio, na forma de teorbas, arquialaúde, Liuto Atteorbato e Alaúde Barroco solo.
Para quem conhece um pouco da história do alaúde e de alguns dos seus compositores, normalmente dois nomes ressaltam: John Dowland, mestre supremo dos finais da renascença, e Sylvius Leopold Weiss, quiçá o melhor compositor de todos os tempos, contemporâneo e amigo de J.S. Bach, e que se concentrou exclusivamente a compor e interpretar peças centradas nesse instrumento.
Mas se J.S.Bach explorou a música dos séculos seguintes com os seus dois volumes do “Cravo-Bem Temperado” (1722 e 1744), haverá alguma obra de significado paralelo para o alaúde? Sem dúvida que sim. É a obra de Francesco da Milano (1497-1543), o alaudista mais famoso da renascença italiana e um dos compositores mais famosos da Europa do século XVI.
Cento e vinte e quatro de seus trabalhos sobreviveram, sob a forma de intabulações de música vocal, ricercares e fantasias. Nessa importante obra se destaca a exploração dos limites do instrumento sem a limitação do uso do instrumento para acompanhar as canções populares da época de maneira monofônica. Começa a haver uma diferenciação entre música de alaúde e música de dança. Com o legado de Francesco da Milano, a música de alaúde passa a ser conhecida enquanto tal e ganha nova dimensão, com complexidade e profundidade crescente e limitada apenas pelo seu gênio criador.
Nascido em Monza, subúrbio de Milão no ano de 1497, em tenra idade Francesco da Milano viajou para Roma e serviu figuras como os Papas Leo X, Clemente VII e Paulo III bem como os cardeais Ippolito de Médici e Alessandro Farnese. A sua fama cresceu e se espalhou pela Europa, mas foi em Itália que ganhou o apelido de “Il Divino”, a par de Michelangelo. Foi sepultado na Igreja de Santa Maria della Scala em Milão (destruída na segunda metade do Século XVIII para dar espaço à construção do famoso Teatro La Scala).
Audição recomendada: Rolf Lislevand - Diminuito
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
F. MILANO
ReplyDeletePERFEITO!