I arrived a few days ago from Lisbon. My hometown brings me a mixture of personal feelings, but to a history lover as I am is a true dream. The city is full of memories and surviving monuments of the great earthquake of 1755, as well as historical sites with wonderful acoustics, as the “Memória church” where the remains of the Marquis of Pombal are, which I visited after making a stop at the world-famous Belém pastries. Next to it is located the Tropical Botanical Garden and a after it, the “Jerónimos Monastery” and “Tower of Belém”, which are declared World Heritage by UNESCO, and several museums. These scenarios opened my appetite for another year of lute and repertoire research.
At the house where I grew up, my parents became fans of the instrument to which I dedicate myself and started attending concerts at the Gulbenkian Foundation. They ask me for advice to buy quality CDs and listen to the "Diaspora Sefardí" by Jordi Savall at home and in the car. However, my 9 year-old nephew found my old CD collection, acquired in my teen years with the money of hundreds of school lunches and now is a heavy metal fan. I tried to get rid of some of the most radical ones in a used CD store, so the boy does not become a vampire or may imitate Viriato * to the snows of the Estrela Mountain range. He is learning classical guitar and his younger sister attends violin lessons, that is, they are interested in music.
For my practice, I brought two Australian adjustable straps for the lute and replace the black silk strap I was using and that I started considering too funereal, although more historically correct. I also bought a cheap camcorder to start filming some lute videos, and if possible, my teacher and other colleagues aswell. Maybe I can show a bit of our personal and EMB work through Youtube.
That is it, I’ll write soon and welcome you into the musical year of 2011.
* (Lusitanian warlord who defeated the Roman legions for three times from the mountainous region of northeastern Portugal)
(português)
Cheguei há dias de Lisboa. A minha cidade natal traz-me um misto de sentimentos pessoais, mas para um amante de história como eu sou, é um verdadeiro sonho. A cidade é repleta de memórias e de monumentos sobreviventes ao grande terremoto de 1755, além de locais históricos com uma acústica maravilhosa, como a igreja da Memória onde estão os restos mortais do Marquês de Pombal, que visitei após fazer uma paragem nos famosos pastéis de Belém. Ali ao lado fica o Jardim Botânico Tropical e, mais adiante, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, que estão declarados Patrimônio Mundial pela UNESCO, além de vários museus. Esses cenários me abriram o apetite para mais um ano de alaúde e pesquisa de repertório.
Na casa onde cresci, os meus pais se tornaram fãs do instrumento a que me dedico e freqüentam os concertos da Fundação Gulbenkian. Pedem-me conselhos para a compra de CDs de qualidade e ouvem a “Diáspora Sefardi” de Jordi Savall nos trajetos de carro e em casa. No entanto, o meu sobrinho de 9 anos descobriu a minha antiga coleção de CDs, adquiridos na minha adolescência com o dinheiro de centenas de almoços escolares e agora é fã de heavy metal. Procurei desfazer-me de alguns dos mais radicais numa loja de CDs usados, para que o garoto não se torne num vampiro ou vá imitar Viriato* para as neves da Serra da Estrela. Ele aprende violão e a irmã mais nova frequenta lições de violino, isto é, interessam-se pela música.
Para a minha prática, trouxe duas bandas reguláveis australianas para prender o meu alaúde à volta do pescoço e substituir a faixa de seda preta que considerava demasiado fúnebre, apesar de, historicamente mais correta. Também comprei uma câmara de vídeo para me iniciar a fazer algumas pequenas filmagens de alaúde e, se possível, do meu professor e de outros colegas. Talvez até possa divulgar um pouco do nosso trabalho pessoal e da Escola de Música de Brasília (EMB) através do Youtube.
É isso, escreverei em breve e vos dou as boas vindas ao ano musical de 2011.
* (Senhor da Guerra lusitano que derrotou as legiões romanas por três vezes a partir da região montanhosa do nordeste de Portugal).
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