I am a lover of ethnic music and have a special taste for music that goes from the cultures of the Mediterranean Basin to India, mainly from Turkey to Pakistan, Passing through ancient Persia.
Although my collection of ethnic music is still minimal, mainly of music related to the lute, I highlight an album that I like to hear after waking or during the morning:
"Rhythms OF Baghdad" by Ahmed Mukhtar and Sattar Al-Saadi. It is a wonderful disc, profound, of fusion between an immensely expressive Oud* and an incredible percussion, which leads us to the ancient bazaars, mosques and tea houses of Baghdad, leaving us a little glimpse of the cultural aspects of Iraq, where the musicians are native.
Born in the Iberian Peninsula, in an ancient and great city, whose narrow streets, a thousand years ago could be confused with any city in the Abbasid period, I can’t but feel the depth of this disc. The musicians, from the glorious capital of that vast disappeared empire, accurately capture my personal vision of the territory of Al-Andalus, governed by a highly advanced line of Muslims, which after all, brought the art to this land as we know it today.
I awake and look at the landscape, the sun warms me and "rhythms of Baghdad" transports me to a world where everything is possible, to live together and share the best of the human spirit among all world cultures without being pulled to one side of the barricade of the current intolerance between peoples.
* The Oud is the "father" of the European lute, an instrument from the Middle East, illustrated in the cover of "Rhythms of Baghdad" and that will be the theme of the next entry in this blog.
(português)
Sou um amante de música étnica e tenho um gosto especial pela música que vai das culturas da Bacia do Mediterrâneo até à Índia, sobretudo da Turquia ao Paquistão, passando pela antiga Pérsia.
Embora a minha coleção de música étnica ainda seja mínima, principalmente da música ligada ao alaúde, destaco um álbum que gosto de ouvir depois de acordar ou então durante a manhã:
“RHYTHMS OF BAGHDAD” de Ahmed Mukhtar e Sattar Al-Saadi. É um disco maravilhoso, profundo, de fusão entre um Oud* imensamente expressivo e uma percussão inacreditável, que nos leva aos antigos bazares, mesquitas e casas de chá de Baghdad, deixando-nos vislumbrar um pouco dos aspetos culturais do Iraque, de onde os músicos são nativos.
Nascido na Península Ibérica, numa antiga e grande cidade, cujas ruas estreitas, há mil anos se confundiriam com qualquer cidade do período abássida, não posso deixar de sentir a profundidade deste disco. Os músicos, originários da gloriosa capital desse vasto império desaparecido, captam com precisão a minha visão pessoal do território de Al-Andalus, governado por uma linha de muçulmanos altamente avançados, que no final das contas, trouxeram a arte para essa terra como a conhecemos hoje.
Acordo e olho a paisagem, o Sol aquece-me e “rhythms of Baghdad” transporta-me para um mundo onde tudo é possível, conviver e partilhar o melhor do espírito humano entre todas as culturas mundiais sem sermos puxados para um dos lados da barricada da atual intolerância entre povos.
*o Oud é o “pai” do alaúde europeu, instrumento originário do Médio Oriente, ilustrado na capa do “Rhythms of Baghdad” e que será tema da próxima entrada neste blog.
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Artigo muito bom e com uma belíssima sugestão musical para começar o dia. Muito obrigado!
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