While I await the construction start of my new baroque lute, I have my ipod full of Sylvius Leopold Weiss’s music. As I listen to every detail of the oeuvre of this unknown genius, I remember immediately of one of my favorite films - "The Pianist" by Roman Polanski, which has its soundtrack made entirely with pieces of the polish composer Fryderyk Chopin. A soulful music full of contrasts and deeply connected to the states of the human soul.
When I had this thought, the comparison seemed absurd because how this contemporary and friend of JS Bach might have something to do with a romantic of the first half of the nineteenth century? It’s just that the music of Weiss is so full of emotion and striking expressiveness that moves us and levitates us...
The answer has to do with a school of thought called "Sentimentalism," or "Empfindsamkeit", which appeared around 1720 and continued until the time of the French Revolution. This philosophy came at the end of French rationalism, which was used to discipline societies under Absolutism. It began with the break up with the church and religiousness, returning to Humanism and the belief that Man is good by nature and that his ability to feel could be expressed without restriction and sensitivity starts to be seen as a moral quality and not a weakness of spirit.
Recommended listening (youtube): Robert Barto (Naxos)
Português
Enquanto aguardo pelo início da construção do meu novo alaúde barroco, tenho o meu ipod cheio de música de Sylvius Leopold Weiss. À medida que vou ouvindo cada detalhe da obra deste gênio desconhecido, lembro-me imediatamente de um dos meus filmes preferidos – “O pianista” de Roman Polanski, que tem a sua trilha sonora inteiramente feita com peças do compositor polonês Fryderyk Chopin. Uma música sentimental e cheia de contrastes profundamente ligada aos estados da alma humana.
Quando tive esse pensamento pareceu-me absurda a comparação, até porque como este contemporâneo e amigo de J.S.Bach poderia ter algo a ver com um romântico da primeira metade do século XIX? É que a música de Weiss é tão cheia de emoção, de uma expressividade impressionante, que nos comove, nos levita...
A resposta tem a ver com uma corrente de pensamento chamada de “Sentimentalismo”, ou “Empfindsamkeit”, que apareceu por volta de 1720 e se estendeu até alturas da Revolução Francesa. Essa filosofia apareceu com o final do racionalismo francês, que foi usado para disciplinar as sociedades no Absolutismo. Foi iniciada com o rompimento com a Igreja e a religiosidade, voltando ao humanismo e à crença que os homens são por natureza bons e que a sua capacidade de sentir poderia ser expressa sem restrições, sendo que a sensibilidade passa a ser vista como uma qualidade moral e não uma fraqueza do espírito.
Audição recomendada (Youtube): Robert Barto (Naxos)
Saturday, March 19, 2011
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